Brazilian journal of otorhinolaryngology, cilt.88, ss.174-180, 2022 (SCI-Expanded)
Resumo Introducao: A parede posterior da faringe e o subsitio mais raro para carcinomas hipofaringeos. Devido a sua raridade, ha poucos estudos publicados na literatura especificamente sobre o carcinoma da parede posterior da faringe. Objetivo: Relatar nossos resultados funcionais em pacientes com carcinoma da parede posterior da hipofaringe apos tratamento cirurgico por resseccao via faringotomia lateral ou infra-hioidea, com preservacao da laringe e reconstrucao com retalho livre radial do antebraco. Metodo: O estudo incluiu 10 pacientes submetidos a cirurgia para carcinoma da parede posterior da hipofaringe por 6 anos. A morbidade pos-operatoria associada foi investigada e os resultados funcionais foram analisados. Resultados: Nove pacientes apresentaram lesoes T3 e um paciente apresentou lesao T2. A via preferida para acessar a hipofaringe foi a faringotomia lateral em 5 pacientes e a faringotomia lateral combinada com a faringotomia infra-hioidea em 5 pacientes com extensao superior ate a orofaringe. Os defeitos faringeos foram reconstruidos com sucesso com retalhos livres radiais do antebraco. Quatro pacientes receberam apenas radioterapia adjuvante e 4 pacientes com doenca cervical N2b e N2c receberam quimiorradioterapia adjuvante. A duracao media da hospitalizacao foi de 15,6 dias (variacao de 10 a 21 dias). Todos os pacientes retornaram a ingestao oral em um tempo medio de 74 dias (variacao de 15 a 180). A decanulacao foi possivel para todos os pacientes e o tempo medio foi de 90 dias (variacao de 21 a 300 dias). A duracao media do seguimento foi de 38,3 meses (10 a 71 meses) e 8 pacientes sobreviveram. Um paciente foi a obito devido a recorrencia regional nos linfonodos retrofaringeos e outro devido a metastase sistemica. Conclusao: A cirurgia primaria ainda e uma modalidade de tratamento muito eficaz para o carcinoma da parede posterior da hipofaringe e nao compromete de forma permanente as funcoes de degluticao e da laringe se a reconstrucao faringea for feita com retalho livre. (c) 2020 Associacao Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervico-Facial. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este e um artigo Open Access sob uma licenca CC BY (http:// creativecommons.org/licenses/by/4.0/).